AMÉRICA LATINA & CARIBE

Acelerar a transição para uma iluminação limpa com lâmpadas LED na América Latina e no Caribe evita que a região se torne o destino de tecnologias ineficientes

Superar os Desafios 

Os legisladores da região tomaram medidas significativas para remover o mercúrio do mercado, levando a região em direção a um futuro mais seguro, livre de mercúrio. Na próxima Conferência das Partes (COP4) da Convenção de Minamata, a região pode acelerar a transição para a iluminação limpa apoiando a emenda proposta pela região africana.

O mercúrio é altamente tóxico para os seres humanos. Está na lista da Organização Mundial da Saúde entre as 10 substâncias ou grupos de substâncias químicas de maior preocupação de saúde pública, pois afeta o sistema nervoso, digestivo e imunológico. O mercúrio existe em três formas: elementar, inorgânico e orgânico. Cada forma de mercúrio é tóxica a sua própria maneira. Grupos vulneráveis, como bebês e crianças pequenas, provavelmente serão afetados em níveis de exposição ainda que muito mais baixos do que a maioria dos adultos. Para mais informações, veja o novo relatório Mercúrio em Iluminação Fluorescente: Riscos desnecessários para a saúde e as soluções possíveis.

Cessar a comercialização de Tecnologias Obsoletas e Ineficientes  

A América Latina e o Caribe (ALC) é um importante mercado importador de lâmpadas fluorescentes que contêm mercúrio, um poluente bem conhecido e perigoso. No fim da sua vida útil, as lâmpadas fluorescentes são descartadas como resíduo comum onde, devido a sua fragilidade, se quebram e liberam mercúrio para o meio ambiente. Apesar deste risco, apenas poucos países da ALC têm legislação específica para a gestão racional de resíduos eletroeletrônicos.

Ao apoiarem a emenda, os formuladores de políticas públicas protegerão a sua região do risco de se tornar local de destinação final de lâmpadas contendo mercúrio tóxico, que ameaçam a saúde humana e ambiental.

Aliviar a Pressão sobre o Sistema Elétrico Nacional 

O Banco Interamericano de Desenvolvimento projeta que a produção de energia da ALC precisa crescer mais de 91% até 2040, alcançando cerca de 2.970 TWh – um crescimento a uma taxa anual média de 2,4%. O consumo final de eletricidade aumentou cerca de 5,4% por ano de 1971 a 2013, chegando a aproximadamente 1.333 TWh em 2013. Esta rápida expansão é resultado principalmente de expansão econômica persistente, rápida urbanização e ascensão da classe média.

A região precisará adicionar 1.500 TWh aproximadamente de eletricidade para manter a demanda crescente de produtos de iluminação.  

A indústria é a maior consumidora, representando mais de 46% da demanda total de eletricidade, enquanto os setores comerciais e públicos foram responsáveis por 22% do consumo de eletricidade em 2013. 

A transição para os LEDs de baixo consumo de eletricidade aliviaria a carga crescente sobre as redes elétricas nacionais e ajudaria a atender as demandas projetadas de energia. 

Os LEDs são tecnologias de economia de eletricidade, consumindo até 50% menos energia do que as formas convencionais de iluminação (fluorescentes e incandescentes)). Eliminar o uso de lâmpadas fluorescentes garante à região o acesso a soluções de iluminação mais eficientes e limpas que economizarão o dinheiro dos consumidores e reduzirão a demanda de energia no sistema elétrico nacional.

DESTAQUE: COLÔMBIA

Em maio de 2021, a Colômbia anunciou que não permitiria mais a fabricação, importação ou exportação de produtos contendo mercúrio. A decisão, seguindo o ordenamento da Convenção Minamata, colocou a Colômbia na vanguarda da transição para produtos de consumo mais limpos e seguros para residências e empresas colombianas.

Carlos Correa, Ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, observou os significativos benefícios à saúde ambiental associados ao decreto, escrevendo que a decisão "é um grande avanço para o país. Com esta medida, procuramos proteger o meio ambiente. Estamos fazendo progressos constantes em um de nossos principais objetivos: reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 51% até 2030".
Carlos Correa, Minister of the Environment and Sustainable Development noted the significant environmental health benefits associated with the decree, writing that the policy “is a great advance for the country. With this measure, we seek to protect the environment. We are making steady progress on one of our main goals: to reduce greenhouse gas emissions by 51 percent by 2030."

Saber Mais

A América Latina e o Caribe podem se unir à região africana para fazer avançar a Convenção de Minamata e liderar a transição global para uma iluminação sem mercúrio Anita Willcox, Responsável pelas Relações com os Países, América Latina e Caribe, Coalisão para uma Iluminação Limpa.

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